HIRSA FECHA NOVO CONTRATO COM A PETROBRÁS PARA 10 PLATAFORMAS NA BACIA DE CAMPOS

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Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br)
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Hirsa fechou um novo contrato com a Petrobrás, de R$ 23 milhões, para fazer a gestão metrológica de 10 plataformas da estatal na Bacia de Campos, com mais de dois anos de vigência. Apesar de ter conquistado o contrato, o presidente da Hirsa, Hiram Freitas, reconhece que o mercado de óleo e gás brasileiro vem passando por um momento bastante complicado, com poucas encomendas e expectativas reduzidas. A sensação não é um fato isolado, sendo compartilhada pela maioria dos empresários do setor nos últimos meses, de modo que a edição deste ano da Rio Oil & Gas, entre 15 e 18 de setembro, no Riocentro, deverá traduzir esse cenário da indústria. A Hirsa estará presente no evento e já vem estudando alternativas para reforçar sua carteira de contratos, como a entrada com mais força no setor de calibrações para o mercado de gás natural. Para isso, a empresa já vem se adequando para atender a uma nova norma, a ISO 17025, que será exigência da ANP no segmento a partir de 2015.

Qual a expectativa com a Rio Oil & Gas 2014?

Vamos estar com estande no mesmo local do ano passado (U 47 Pavilhão 4). A expectativa não é tão boa quanto gostaríamos. Tudo indica que até o final de 2015 será um período de expectativa mais reduzida em relação aos anos anteriores. Houve uma queda na assinatura de novos contratos e de encomendas no setor de óleo e gás, então o mercado está passando por um momento mais delicado.

Como estão os negócios da Hirsa?

Estamos conseguindo sobreviver porque investimos muito em serviços, e essa área está representando em torno de 70% dos nossos negócios atualmente. Os serviços, independentemente de qualquer situação econômica ou de investimento das empresas, sempre serão solicitados, então estamos focando mais neles.

Estão com algum novo contrato?

Fechamos há poucas semanas um contrato com a Petrobrás, para a gestão metrológica de 10 plataformas (P-38, P-40, P-41, P-43, P-48, P-51, P-56, PRA-1, FPSO-MLS e FPSO-CIMA) para a Bacia de Campos, por mais de dois anos. São 730 dias de contrato. São serviços de assistência técnica e gestão dos sistemas de medição das plataformas. É um contrato de R$ 23 milhões e vai envolver 45 pessoas, entre engenheiros e técnicos. A nossa margem ficou bem apertada, mas pelo menos auxilia a empresa nesse momento em que o mercado está com menos perspectivas.

Além desse, estão com outros contratos de serviço em andamento?

Temos outro contrato com a Petrobrás na Bacia de Campos, fechado no ano passado, para a gestão metrológica de cinco plataformas (PCP 1/3, PCP-2, PVM-1, PVM-2 e PVM-3),  válido por três anos (1.096 dias). Além disso, acabamos de concluir um contrato também de gestão metrológica para cinco plataformas na Bacia de Santos. Prestamos serviços de gerenciamento do sistema de medição das plataformas Mexilhão (PMXL 1-2-3) e Merluza (PMLX 1-2). Esse tinha sido assinado em 2011.

Tem algum projeto novo em vista?

Estamos buscando clientes interessados no serviço de calibrações também na área de gás natural, como estações que fazem a distribuição do insumo. Além disso, estamos agora trabalhando para estarmos acreditados pela RBC (Rede Brasileira de Calibração) até o final do ano.

O que isso pode gerar de novos negócios?

Isso vai colocar a empresa numa posição destaque, porque seremos acreditados em uma nova norma, que é a ISO 17025, na área de vazão, temperatura, pressão, densidade e dimensão. A partir de dezembro de 2015, essa norma vai ser exigência da ANP, então a gente já se antecipou.