HIRSA APROVEITA SEMINÁRIO BRASIL – MOÇAMBIQUE DE PETRÓLEO E GÁS PARA APRESENTAR SUA TECNOLOGIA DE CONTROLE DE VAZÃO ÓLEO E GÁS

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A cidade de Maputo, capital de Moçambique, foi sede do Primeiro Seminário Brasil-Moçambique de Petróleo e gás,  um evento organizado pela Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) em pareceria com a Embaixada do Brasil em Moçambique, que é comandada pelo Embaixador Rodrigo Baena Soares. Na noite anterior, o embaixador recebeu a missão brasileira em sua residência para um jantar de confraternização e também para uma explicação detalhada sobre o mercado promissor de óleo e gás em Moçambique. No seminário, se discutiu as perspectivas dos projetos do setor de petróleo e gás, com destaque para a gestão de recursos e oportunidades de negócios, segundo um comunicado da ENH, buscando atrair  investimentos de empresas brasileiras. Moçambique tem crescido muito principalmente no setor de gás, com a participação de empresas como a Total, Saipem, Galp, ENI e Exxon, principalmente, que atuam em campos de gás na Baía de Rovuma, ainda no início do trabalho de exploração de um campo riquíssimo. Há muito espaço para participação de empresas brasileiras em diversos segmentos, muito embora o Vice-Ministro de Petróleo, Augusto de Sousa Fernando, tenha deixado claro a sua premissa: os investimentos terão que ter a participação de empresas locais nos projetos. Com este pensamento a Hirsa, tradicional empresa brasileira, líder do setor de controle de vazão de petróleo e gás no Brasil, participou deste evento de olho em novas oportunidades. “ Podemos trazer nossa experiência para Moçambique que tem um potencial gigantesco para nós”, disse o diretor da empresa, Matheus Freitas (foto), que participou de um painel sobre oportunidades e investimentos.

A iniciativa teve o apoio do Instituto Nacional de Petróleo de Moçambique, da Confederação das Associações Econômicas de Moçambique, do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, da Câmara de Comércio Brasil – Moçambique e da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (ABESPETRO), presidida por  Cláudio Makarovsky. Um dos destaques foi o painel que tratou sobre as oportunidades de investimentos, que teve a participação de  Matheus Freitas,  da Hirsa, Florival Mucave, da Confederação das Associações Econômicas, Godinho Alves, da Agência de Promoção e Investimentos para Exportação, Nathália Borges, da Gerente da Câmara de Comércio Brasil-Moçambique e Elmar Mourão, Sócio e Gerente da BRA Certificadora.

Matheus Freitas conversou com o Petronotícias sobre levar para Moçambique toda experiência vitoriosa das ações da HIRSA no Brasil:

–  É uma grande oportunidade para a Hirsa participar desse evento aqui em Moçambique. Um país de muitas oportunidades no setor de petróleo e gás, que podemos contribuir e muito com a nossa experiência, principalmente na área de serviços.  A nossa área de fornecimento de material  é totalmente vinculada a  área de investimento. A parte de fornecimento de materiais continua engatinhando, mas na de serviços nós estamos muito bem. No Brasil, focamos em um  segmento  muito específico do mercado. Está vinculado ao cumprimento de leis e normas, é um serviço compulsório, tem que ser feito de qualquer maneira pelo nosso cliente, que é a medição fiscal em plataformas ou em qualquer unidade que produza, qualquer planta industrial que necessite de medição fiscal  ou transferência de custódia, na produção ou na venda.  Acho que temos uma experiência vitoriosa, mas ainda não é uma realidade aqui em Moçambique. Eles ainda estão muito no início nesta regulamentação. 

 – Dentro deste mercado, quais são os principais vetores que estão abrindo oportunidades?

– Na área de gás, que para nós pode ser um grande foco aqui em Moçambique, nós  estamos investindo e temos tido bons resultados no Brasil, principalmente na área de transporte. Nas “gaseiras”, nos distribuidores. De gás que geralmente são do Estado ou de capital misto. Aqui queremos mostrar o nosso desempenho, que tenho certeza pode contribuir muito para o controle das riquezas do país. Estamos buscando um mercado novo. Buscando contribuir com empresas locais com este serviços de gestão metrológica. Nós participamos das primeiras rodadas  e da própria RTM, que é a regulamento Técnico Metrológico. A intenção é dividir esse conhecimento com as empresas moçambicanas, de forma a fazer parcerias com elas.

– O que vocês planejam trazer no projeto dos laboratórios de metrologia?

– A produção ainda é pequena. A infraestrutura ainda é pequena. Então nós podemos identificar Moçambique, especificamente Maputo, como a menina dos olhos, porque é uma terra fértil. O que plantarmos vamos colher no futuro. E nós estamos tentando plantar exatamente isso. Não é possível se falar ainda em contratos e serviços porque o gás ainda não está sendo produzido em larga escala, mas a nossa intenção, de novo, é tentar trazer o know how e a tecnologia que nós temos na área de serviço. Com certeza para medição do gás, que é o carro chefe aqui, apesar de ainda não ter uma regulamentação pronta, a nossa ideia é participar disso e com com a nossa expertise, participar dos serviços, com parcerias locais ou até vindo direto. 

– Vocês já foram procurados por empresas ?

– Estamos sendo bastante procurados. Acho que a nossa apresentação foi um sucesso, porque logo após a nossa apresentação, que nos deu visibilidade, formos procurados por diversas empresas. Algumas delas clientes aí no Brasil, como a Saipem, a Exxon e outras. Nos procurando para discutir isso, porque já sabem que no futuro vão precisar. 

– O que vocês planejam trazer no projeto dos laboratórios de metrologia?

– Acho que ainda é cedo para falar. A modelagem que vamos propor ainda não pode ser definida. O evento em si foi um sucesso. A nossa visita foi muito boa. E o que estar por vir será melhor ainda. Estamos com várias reuniões marcadas para esta quinta-feira (14) e para sexta-feira (15). Uma delas com o presidente da ENH, que fez questão de nos convidar porque está com interesse de nos ouvir. Vamos almoçar hoje. Isso demonstra que tem muita coisa por vir.

Fonte: Petronotícias